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Oi apresenta resultados do trimestre, mantém forte corte de custos e mostra sinais de recuperação nas operações de fibra e cloud

  • Resultados gerais são impactados pelos serviços legados de telefonia fixa
  • Companhia aguarda aprovação final do processo de migração da concessão

  

Rio de Janeiro, 7 de novembro de 2024 -  A Oi divulgou hoje os resultados financeiros do terceiro trimestre de 2024, destacando uma recuperação após seu processo de reestruturação. Embora tenha apresentado queda de 14,4% na receita total no período, impactada principalmente pelos serviços legados, a companhia registrou uma receita líquida da Oi Fibra de R$1,1 bilhão, o que representa um aumento de 0,8% em relação ao mesmo período do ano anterior e de 2,8% na comparação trimestral. A base de casas conectadas permaneceu estável, apresentando leve queda nos comparativos (-0,2% ano contra ano e -0,8% trimestre contra trimestre), mas apesar dessa variação, a receita média por usuários (ARPU) da Oi Fibra apresentou crescimento de 0,8% na comparação anual e 3,1% em relação ao trimestre anterior, evidenciando o fortalecimento da rentabilidade por cliente e o sucesso das iniciativas voltadas para a retenção e fidelização de usuários de maior valor agregado.

 Já no mercado corporativo, a receita proveniente dos serviços de cloud também registrou um aumento sólido de 8% no trimestre, em comparação com igual período anterior, enquanto as receitas de soluções de comunicação (UC&C) mostraram um crescimento de 60% e as de  IoT 5% no período.  As receitas de tecnologia de informação e comunicação no terceiro trimestre representaram aproximadamente 30% da receita total da Oi Soluções, unidade de negócios voltada para o mercado corporativo. “Os resultados ainda refletem os desafios da companhia e obviamente estão aquém do que gostaríamos, mas acreditamos que a transformação em curso resultará em unidades muito mais focadas e rentáveis no médio e longo prazo”, explicou o CEO da companhia, Mateus Bandeira, durante a apresentação dos resultados. 

 Ainda de acordo com o balanço, a receita líquida caiu no trimestre, com desempenho negativo em serviços de cobre e queda na receita em áreas que não são mais estratégicas para a companhia. Os custos e despesas também tiveram impacto devido à alta de câmbio e a despesas associadas ao financiamento, incluindo juros, o que pressionou o fluxo de caixa operacional. Mas a Oi continua com um forte processo de corte de custos, mantendo disciplina financeira e iniciativas de eficiência que geram reduções dos custos gerenciáveis. O opex de rotina (excluindo alugueis e seguros) caiu 17,2% na comparação anual.

 “Esses resultados evidenciam o compromisso da Oi com a redução de despesas”, explicou a CFO, Cristiane Barretto, que também destacou o fato de o atraso na conclusão do processo de migração do regime de concessão do telefone fixo ter gerado até o momento multas de R$ 160 milhões aplicadas pela Anatel e despesas de R$ 350 milhões com a manutenção do serviço de telefonia fixa.  Além disso, com o processo de migração ainda em análise, a companhia não pode continuar com o processo de venda de imóveis. A Oi tem mais de 7 mil imóveis, que com fim da concessão poderão ficar disponíveis para venda. 

 Durante a apresentação, o CEO Mateus Bandeira ressaltou também as entregas relacionadas ao Plano de Recuperação Judicial. “Em relação ao processo de reestruturação, é importante destacar que alcançamos uma diminuição de 60% na dívida líquida, a valor justo, além de uma forte redução nos créditos com os fornecedores chamados take-or-pay. Também concluímos uma etapa crítica, que é a anuência da Anatel ao aumento de capital da companhia. Com relação à venda de ativos, fechamos a segunda rodada do processo competitivo da V.tal, pelo valor de R$ 5,7 bilhões”, explicou.  “Nós seguiremos com os esforços para suporte à implementação da transação e celebração do contrato de compra e venda e obtenção das aprovações regulatórias aplicáveis nesse caso. Quanto ao equacionamento do negócio legado, nós estamos finalizando os trâmites para a conclusão da solução consensual e, consequentemente a assinatura do termo de autorização que permitirá a migração de regime de concessão para autorização”, concluiu.