O que o Febraban Tech 2025 nos ensinou sobre o futuro do sistema financeiro?
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<p>Como será o futuro do setor financeiro? <br /> <br /> Quais tecnologias vão realmente transformar a forma como bancos operam, clientes se relacionam e dados são protegidos? <br /> <br /> E qual o papel das empresas de tecnologia nesse novo cenário?<br /> <br /> Essas foram algumas das perguntas que guiaram os debates ao longo dos três dias intensos do Febraban Tech 2025 — e que também nortearam a cobertura especial da Oi Soluções, diretamente do maior evento de tecnologia e inovação do setor financeiro no Brasil.<br /> <br /> Com mais de 500 painelistas, 12 trilhas de conteúdo e o tema central “A aceleração do sistema financeiro na era da inteligência”, a edição deste ano reuniu líderes, especialistas e inovadores para discutir não apenas as tendências tecnológicas mais quentes do momento, mas também os impactos éticos, sociais e econômicos dessas transformações.<br /> <br /> A<strong> inteligência artificial</strong>, a <strong>computação em nuvem</strong> e a <strong>cibersegurança</strong> dominaram as conversas — e isso não por acaso. Esses foram apontados como os três principais focos estratégicos dos CIOs, segundo a pesquisa Febraban de Tecnologia Bancária apresentada no evento.<br /> <br /> Mas o que vimos nos painéis vai muito além do aspecto técnico. Houve uma forte ênfase no papel da tecnologia na transformação de pessoas, experiências e culturas organizacionais. A inovação, por si só, não é mais suficiente — ela precisa ser <strong>humana, ética </strong>e<strong> inclusiva.</strong><br /> <br /> No primeiro dia de evento, Gabriel Galípolo, presidente do Banco Central, apresentou a nova agenda de inovação da instituição. Entre os destaques, o Pix 2.0 — que traz funcionalidades como o Pix automático e o Pix por aproximação —, além de avanços importantes no Open Finance e na evolução do Drex, a moeda digital brasileira. Tudo isso com um objetivo claro: criar um ecossistema fértil para a inovação, com foco no usuário, na eficiência e, principalmente, nas pessoas.<br /> <br /> Essa mesma abordagem esteve presente no painel com os CEOs dos principais bancos do país. Milton Maluhy, do Itaú, destacou como o banco está usando inteligência artificial para personalizar mais de 300 jornadas completas dos clientes — um avanço importante na construção de experiências mais relevantes e eficazes. Já Tarciana Medeiros, do Banco do Brasil, trouxe um exemplo poderoso de transformação interna: mais de 25 mil colaboradores já foram treinados em IA, preparando a organização para os desafios e oportunidades da nova era digital.<br /> <br /> Encerrando o dia, tive a oportunidade de participar de um <strong>painel da Oi Soluções </strong>ao lado de Renato Simões e Ataíde Junior, com mediação de Vinícius Donola. O tema foi tão atual quanto necessário: <strong>“Hackers do Bem as a Service”</strong>. Discutimos como a cibersegurança precisa evoluir para modelos mais colaborativos — e como programas de <strong>Bug Bounty</strong>, que envolvem hackers éticos na identificação de vulnerabilidades, estão se tornando ferramentas-chave para proteger o setor financeiro. Um setor que, vale lembrar, sofre hoje cerca de 15.500 ciberataques por dia apenas no Brasil.<br /> <br /> <strong>Soluções em Debate</strong><br /> <br /> Esses três momentos — <strong>da inovação centrada no usuário, da transformação cultural e da colaboração em segurança</strong> —<strong> </strong>sintetizam bem o espírito do primeiro dia: uma tecnologia que só faz sentido quando melhora a vida de quem está na ponta.<br /> <br /> O segundo dia da Febraban Tech 2025 foi marcado por uma mistura poderosa de <strong>urgência ambiental, avanços em inteligência artificial e transformações na infraestrutura digital </strong>— três temas que, cada vez mais, se entrelaçam nas estratégias das instituições financeiras.<br /> A manhã começou com uma conversa sobre <strong>sustentabilidade</strong>, colocando a COP 30, que acontecerá este ano na Amazônia, no centro do debate. Helder Barbalho, governador do Pará, e Luiz Lessa, do Banco da Amazônia, destacaram a necessidade de acelerar o desenvolvimento do mercado de carbono, especialmente diante dos impactos ambientais gerados pelo uso massivo da inteligência artificial. Um dado chamou atenção: o treinamento de um único modelo de IA pode emitir mais de 270 mil quilos de CO2, e o uso diário da IA por uma única pessoa pode consumir até 500 ml de água — o equivalente a uma garrafinha plástica.<br /> <br /> <strong>Painel - Preparativos para COP 30</strong><br /> <br /> Logo depois, a atenção se voltou para os <strong>Agentes de IA</strong> — sistemas inteligentes capazes de agir de forma mais autônoma, com base em metas pré-estabelecidas. Diferente das ferramentas reativas que apenas respondem a comandos, esses agentes tomam decisões, adaptam seus comportamentos e executam tarefas com mais independência. Hoje, já estão sendo usados no atendimento ao cliente e até como coaches de vendas, os chamados pitchmakers. Segundo Soraya Lima, da Microsoft, e Robson Martinho, do Santander, a adoção desses agentes reduziu o tempo de atendimento em até 25% e aumentou a taxa de conversão comercial.<br /> <br /> Outro conceito que ganhou força foi o da <strong>Supercloud </strong>— uma evolução da nuvem híbrida que integra múltiplos ambientes, incluindo bordas (edge computing), em um ecossistema digital unificado e, ao mesmo tempo, invisível ao usuário. Trata-se de um novo patamar de conectividade e fluidez operacional. Mas, como destacou Elisa Kobayashi, do Google Cloud, essa transformação só é possível se vier acompanhada de uma mudança cultural profunda dentro das organizações e da adoção de práticas como FinOps, que ajudam a controlar os custos da nuvem e aumentar sua eficiência.<br /> <br /> O segundo dia foi, portanto, uma grande provocação: a inovação precisa ser sustentável, autônoma e escalável — mas, acima de tudo, precisa estar amparada por uma cultura organizacional pronta para absorver essa nova realidade.<br /> <br /> O terceiro e último dia da Febraban Tech 2025 começou com uma provocação de peso: Paul Romer, Prêmio Nobel de Economia, subiu ao palco para falar sobre <em><strong>“Inovação e Crescimento na Era da Inteligência”</strong></em>. E não poupou alertas. Segundo ele, por mais promissora que seja, a inteligência artificial ainda carrega riscos que precisam ser enfrentados com seriedade. Entre eles, três merecem atenção especial:</p> <p>- As alucinações, quando a IA simplesmente inventa fatos.<br /> - Os vieses, que surgem dos dados usados para treiná-la — muitas vezes enviesados ou incompletos.<br /> - E a falta de consciência ética, já que esses sistemas não distinguem o que é certo ou errado, apenas replicam padrões.<br /> <br /> Esses riscos reforçam uma mensagem essencial: não existe IA poderosa sem supervisão humana, dados confiáveis e responsabilidade clara.<br /> E foi justamente sobre dados que os debates seguiram. Afinal, não adianta ter o modelo mais avançado do mundo se a base é frágil. Matheus Girardi, do Agibank, trouxe um dado que comprova a força dessa combinação: com dados estruturados e uso inteligente de IA, o banco aumentou em mais de 80% sua taxa de retenção de clientes — um impacto direto e mensurável da personalização baseada em insights.<br /> <br /> Encerrando o evento, o painel “Construindo o Banco do Futuro” ofereceu uma visão ousada e transformadora: o banco do futuro talvez nem pareça mais um banco. Para Glauber Mota, do Revolut, o caminho aponta para modelos invisíveis, onipresentes, acessíveis, altamente seguros — e totalmente centrados na experiência do usuário.<br /> <br /> É exatamente com essa visão de futuro que a Oi Soluções participou ativamente do Febraban Tech 2025 — marcando presença nos debates, nos bastidores e também no palco. No primeiro dia, estivemos no Espaço Workshops, Sala A, com uma programação intensa que refletiu nosso compromisso em transformar o setor financeiro por meio da tecnologia.<br /> <br /> Ao longo do dia, promovemos e participamos de discussões sobre temas que estão no centro da nova agenda estratégica das instituições:<br /> <br /> - Infraestrutura de nuvem híbrida e edge, que sustenta operações mais resilientes e escaláveis;<br /> - Cibersegurança colaborativa, como os programas de Bug Bounty, que contam com a atuação de hackers éticos para reforçar a proteção dos sistemas;<br /> - Cocriação com clientes e parceiros estratégicos, integrando setor público e privado<br /> - E iniciativas voltadas à governança de IA, ética digital e confiabilidade dos dados — todos elementos fundamentais para uma adoção responsável e eficiente das novas tecnologias.<br /> <br /> Como integradora de soluções digitais, a Oi Soluções acredita que estar na linha de frente da inovação é mais do que oferecer tecnologia. É atuar como parceira estratégica, conectando inovação com propósito, segurança com agilidade e dados com decisões mais inteligentes — e é exatamente isso que buscamos compartilhar com o mercado em mais uma cobertura do Febraban Tech.<br /> <br /> O Febraban Tech 2025, afinal, deixou uma mensagem clara: o futuro não é algo distante — ele já está sendo construído agora, por quem escolhe liderar com propósito, ética e inteligência.<br /> <br /> Essa foi mais uma cobertura especial da Oi Soluções. Mas a conversa sobre <strong>inovação, inteligência artificial, segurança e transformação digital</strong> não termina aqui.<br /> <br /> Acompanhe nosso perfil no <a href="https://www.linkedin.com/company/oisolucoes/">LinkedIn</a> e siga com a gente nessa jornada rumo ao futuro do setor financeiro.<br /> <br /> Muito obrigado por nos acompanhar. Nos vemos em 2026!<br /> <br /> </p>
17/06/2025 11:46